14 março 2015

Resenha: Divergente


Olá skyscrapers!

Cá está mais um post do especial, dessa vez com o livro Divergente! Já adianto: se engana quem acha que é cópia de Jogos Vorazes, sim, ambos são distopias e sim, ambos tem guerra e personagens femininas fortes, mas isso não significa que são iguais. Cada um é uma história em particular, e as diferenças ficam bem claras com a leitura. Dito isso, vamos à resenha.

Nome: Divergente - Uma Escolha Pode te Transformar (Série Divergente - Livro 1)
Autor: Veronica Roth
Páginas: 504
Editora: Rocco
Sinopse: Numa Chicago futurista, a sociedade se divide em cinco facções – Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição – e não pertencer a nenhuma facção é como ser invisível. Beatrice cresceu na Abnegação, mas o teste de aptidão por que passam todos os jovens aos 16 anos, numa grande cerimônia de iniciação que determina a que grupo querem se unir para passar o resto de suas vidas, revela que ela é, na verdade, uma divergente, não respondendo às simulações conforme o previsto. A jovem deve então decidir entre ficar com sua família ou ser quem ela realmente é. E acaba fazendo uma escolha que surpreende a todos, inclusive a ela mesma, e que terá desdobramentos sobre sua vida, seu coração e até mesmo sobre a sociedade supostamente ideal em que vive.


A história é contada pelo ponto de vista de Beatrice Prior, uma garota de 16 anos, da Abnegação, que está prestes a passar pelo momento que poderá mudar a sua vida. Para falar desse momento, vamos conversar um pouco sobre a realidade que o livro nos mostra: depois de muitas guerras, os antepassados dos nossos personagens julgaram que a "culpa" do que estava ocorrendo era da personalidade das pessoas, e de sua tendência a fazer o mal. Devido a isso, a sociedade foi dividida em cinco facções: Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição.

Para quem culpa o egoísmo, existe a Abnegação; quem culpa a agressividade, se encontra na Amizade; aos que culpam a covardia, existe a Audácia; se culpam a duplicidade, vão para a Franqueza; e para os que culpam a ignorância, foi criada a Erudição. Existem também os sem-facção, que não conseguiram passar pela iniciação da facção que escolheram e tiveram que ir para a rua. Eles não tem lar, só tem comida graças aos membros da Abnegação, e para o resto são praticamente invisíveis.
- Nós acreditamos na coragem, na ação, em sermos livres e em aprender as habilidades necessárias para expurgar o mal do mundo, para que o bem possa crescer e prosperar. Se você também acredita nestas coisas, nós os recebemos de braços abertos.
Existem também os Divergentes, que se encaixam em mais de uma facção e, portanto, são vistos como ameça, já que a mente deles trabalha de forma diferente das dos outros, eles não se limitam a um tipo de escolha, a um tipo de visão, sendo assim, eles não são tão fáceis de controlar quanto os outros.

Aos 16 anos, todo jovem deve passar por uma cerimônia de escolha, onde ele decide se continua na sua facção atual com a sua família ou vai para outra. Para ajudá-los nesse momento, existe um teste de aptidão, onde eles passam por uma simulação que mostra onde ele se encaixa. 
A razão humana é capaz de justificar qualquer mal; é por isso que não devemos depender dela.
Quando Beatrice passa por esse teste, o resultado mostra que ela é uma Divergente. Tori, a pessoa que aplicou o teste nela, diz para não contar para ninguém sobre o ocorrido, ninguém pode saber que ela é uma Divergente pois isso é muito perigoso, e ela muda a resposta do teste da menina. Beatrice não entende o porquê de ser tão perigoso, mas segue o conselho de Tori.

Beatrice decide ir para a Audácia, mesmo se sentindo triste por abandonar sua família, pois isso é o que ela sempre quis, e passa a ser conhecida como Tris. Lá, ela e todos os outros que estão entrando passarão por uma rígida seleção, que até coloca suas vidas em risco. Ela faz amizades, inimizades e até conhece o amor. Porém, Tris está fazendo parte de algo muito maior, que terá que aprender como lidar, além de estar conhecendo o real perigo que é ser Divergente e luta para fazer as coisas de um modo que ninguém perceba que ela é diferente
- Porque o medo não faz com que você se apague, ele faz com que você acenda. Já vi isso acontecendo com você. É Fascinante.
E aqui temos mais um livro cuja personagem principal é uma mulher, e uma mulher forte. Isso sempre chama a minha atenção nos livros, porque é uma coisa muito difícil de acontecer, a grande maioria segue aquele velho esteriótipo... Mas, deixando meu eu feminista de lado um momento, Tris é aquela personagem que inspira, apesar de certos pensamentos e escolhas. Admito que existem momentos que temos vontade de entrar a história e fazer ela acordar para a "realidade", mas ela consegue ser forte e batalhadora do início ao fim, não pensando somente em si mesma.

Outra coisa que me chamou atenção foi a escrita de Veronica Roth. Ela tem aquele tipo de escrita leve, que flui super bem e você nem vê as páginas passando, sabe? E o livro termina com aquele gostinho de quero mais. Tiveram alguns pontos que ficaram em aberto mas, se tratando de uma série, creio que serão fechados no decorrer dos próximos livros.
Ele me encara e não desvio o olhar. Ele não é um cachorro, mas valem as mesmas regras. Desviar o olhar é sinal de submissão. Encará-lo é sinal de desafio. É uma escolha minha.
Apesar de ter tido um spoiler enorme antes de começar a ler e dos vários comentários que vi de ser uma cópia de THG - por isso quis falar sobre no início -, decidi ir atrás porque achei a sinopse do livro muito interessante, e li umas resenhas que me deixaram ainda mais com vontade. Não me arrependo de ter ido atrás, mas me arrependo de ter demorado tanto para ler. Essas coisas não atrapalharam em nada meu aproveitamento, pelo contrário, até penso que muita gente falou sem ter realmente lido Divergente. 

A história é muito boa e conseguiu me conquistar, mal posso esperar para ler os próximos da série! Adoro distopias, ainda mais com personagens principais tão bem construídos. O livro tem romance, sim, mas não é um livro de romance. O romance cabe muito bem na história, a reação de Tris com relação a ele foi super coerente - diferente de muitas histórias que lemos e vemos por aí - e não tirou nenhum momento o foco da sociedade e do poder que as escolhas deles tem. 
O abismo serve para nos lembrar que há um limite tênue entre a coragem e a estupidez!
Não sei falar do material da editora, pois li em e-book, mas quanto à revisão não tenho nada a reclamar. Não gostei muito da tradução dos nomes das facções... Os nomes foram escolhidos com muito cuidado pelas pessoas que as "criaram" na história, e achei que as mudanças  - mudar a classe gramatical - fizeram com que esses nomes perdessem um pouco a "força", por assim dizer. Mas somente isso.

Se você é fã de histórias distópicas, não pode deixar de ler esse livro! Adorei, me prendeu do início ao fim, e sei que ocorrerá com vocês também! E você que já leu, deixe nos comentários ou nas redes sociais o que você achou do livro, lembrando de deixar um aviso bem grande se tiver algum spoiler, okay?

~xoxo
O objetivo não é perder o medo. Isso seria impossível. Aprender a controlar seu medo e libertar-se dele é o verdadeiro objetivo.

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