11 junho 2014

Resenha: Cidades de Papel #Dia11



Bom dia skyscrapers! Como vocês estão?

Hoje trouxe mais uma resenha, de um dos livros do Desafio Literário que fiz no começo do ano. Vamos lá?


Nome: Cidades de Papel
Autor: John Green
Páginas: 366
Editora: Intrínseca
Sinopse: Em Cidades de papel, Quentin Jacobsen nutre uma paixão platônica pela vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman desde a infância. Naquela época eles brincavam juntos e andavam de bicicleta pelo bairro, mas hoje ela é uma garota linda e popular na escola e ele é só mais um dos nerds de sua turma.Certa noite, Margo invade a vida de Quentin pela janela de seu quarto, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele, é claro, aceita. Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a escola, esperançoso de que tudo mude depois daquela madrugada e ela decida se aproximar dele. No entanto, ela não aparece naquele dia, nem no outro, nem no seguinte.Quando descobre que o paradeiro dela é agora um mistério, Quentin logo encontra pistas deixadas por ela e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da garota que ele pensava que conhecia.



Cidades de Papel conta a história de Quentin Jacobsen, um rapaz prestes a se formar no ensino médio, certinho, inteligente e apaixonado por Margo Roth Spiegelman, sento até capaz de realizar atos insanos por ela. 

No prólogo, vemos que Q e Margo eram muito amigos na infância, e que desde lá Q era apaixonado por ela. Porém, isso muda. Margo se afasta e, com o passar dos anos, ela vida a popular da escola, e ele é do time dos nerds. Estudam na mesma escola, são vizinhos e totais desconhecidos. 

Mas, se você não imaginar, as coisas sequer chegam a acontecer.
A imaginação não é perfeita (...) mas imaginar ser outra pessoa, ou que o mundo pode ser diferente, é a única saída. É a máquina que mata fascistas.

Tem três outros personagens importantes na trama: Ben, cujo desejo é estar entre os populares e arranjar um par para o baile, Radar, negro, intelectual e megaeditor do Omnictionary - que é tipo a Wikipédia -, e dedica a maior parte de seu tempo para isso. Eles são amigos de Quentin. E temos também Lacey, popular, generosa, bonita e amiga de Margo.

Certa noite, Margo procura novamente por Quentin, apresentando a ele um plano de 11 partes para se vingar do namorado que a traiu e dos envolvidos, e ainda viver algumas aventuras que estavam em projeto. 

Margo gostava muito de planejar e simplesmente sair, viver o que sonhou. É fascinada por música, livro, parques e lugares escondidos, como refúgios para ficar em silêncio e refletir, pensar.

Esse plano dura a madrugada inteira, eles voltam para casa de manhã e tem pouco tempo para descansar, mas seus pais não descobrirão que estiveram fora. Logo ele acorda e vai para a escola, com esperança de que as coisas sejam diferentes. 

- Hoje, meu bem, vamos acertar um monte de coisas que estão erradas. E vamos estragar algumas coisas que estão certas. Os últimos serão os primeiros; e os primeiros serão os últimos; os mansos herdarão a terra. Mas, antes de redefinir completamente o mundo, precisamos fazer compras.

Q está feliz, mas essa felicidade não dura muito tempo... uma surpresa: Margo desapareceu.

Ele se sente na obrigação de fazer o que ela fazia, deixar tudo nos eixos, até que ela volte, por ela ter confiado nele como parceiro de vingança. Mas então... ela não volta. Passa-se um tempo razoável e nada. Mas então, Q começa a ver algumas coisas estranhas, algumas pistas deixadas por Margo, que podem ou não ter sido acidental, e também podem ou não mostrar onde ela foi, mas Q tem que tentar. Ele começa a ir atrás das pistas, a pesquisar, tentar enxergar o que está nas entrelinhas, faz de tudo para encontrar Margo... ou seu corpo.

- Eis o que não é bonito em tudo isso: daqui não se vê a poeira ou a tinta rachando ou sei lá o quê, mas dá para ver o que este lugar é de verdade. Dá para ver o quanto é falso. Não é nem consistente o suficiente para ser feito de plástico. É uma cidade de papel.
Eu achei o livro fantástico, para dizer a verdade. Me decepcionei um pouco? Sim. Mas pelo que todos falavam, isso me fez demorar um pouco mais para continuar lendo no começo... mas então, chegou uma parte que você não consegue parar, e essa parte é antes de começar o mistério em si. Você se envolve na trama de um jeito, sem nem perceber, que é impossível largar. Eu sempre leio dois livros ao mesmo tempo, né... praticamente abandonei o outro e fiquei lendo só esse.

Aí, começa a parte do mistério... Dude, nessa parte você se envolve de tal forma que comer e dormir atrasam sua vida, nada mais faz sentido a não ser terminar de ler o livro. Você tem que continuar, você tem que saber o desfecho. E, falando nisso... o final não é o que eu esperava. Chorei, me surpreendi, e até me peguei escrevendo uma pequena "novela" do livro. Pensei em postar aqui mas ainda não sei. Eu gostei até da fanfic que eu fiz, mas acabei estragando um pouco a história, porque eu fiz como um diário, ou seja, o personagem foi "decifrado", ai ele perdeu um pouco o brilho, porque parte da essência de Margo está na pessoa misteriosa que ela é, e é aí que ela te cativa.

Mesmo eu tendo mais semelhanças com Quentin do que com Margo, eu me identifiquei muito mais com ela do que com o Q. Não sei bem o porquê, mas aconteceu. Poderia ter sido com Ben, Hadar ou Lacey, todos eles tem mais pontos para se identificar do que ela, mas é impossível não se apaixonar por ela. E não tente decifrá-la, o Q passou grande parte dos momentos pesquisa tentando isso, e não conseguiu, e nós também não vamos, porque Margo não tem que ser decifrada, ela tem que ser compreendida.

Me arrependi de ter enrolado para realmente começar a leitura, não façam como eu. Embarquem em mais esse YA do John Green e se apaixonem. Recomendo.
Kisses.
Não havia planos. Não havia tempo para planejar. Não havia tempo para o futuro. Mas aí a expectativa de vida começou a aumentar, e as pessoas começaram a ter mais e mais futuro e a passar mais tempo pensando nele. No futuro. E agora a vida se tornou o futuro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário