07 dezembro 2013

Never Too Late - Parte VI


Malibu, Califórnia, 4 de agosto, domingo.

“Agora Saturno está te ajudando a amadurecer os pensamentos e as atitudes. Espere o melhor das pessoas, e confie que elas farão coisas boas por você. No amor, tudo acontecerá no tempo certo. Nas amizades, sempre é bom conhecer novas pessoas. Nas férias, faça tudo o que você quiser!”

Fazia três semanas e meia que eu conhecia John, e eu estava adorando as sensações que ele me fazia sentir. Todos os dias fazíamos o possível para nos encontrar, fosse depois, ou antes, do meu horário de trabalho, e nosso local preferido para esses encontros era a maravilhosa praia. Lógico que nós já tínhamos dado nossos números de telefone um para o outro, e vivíamos trocando SMS. Depois do dia do nosso primeiro beijo, já havíamos ido varias vezes até a ilha de novo, John passava bastante tempo na minha casa, principalmente na piscina e quando eu fazia “festas escondidas dos meus pais”. Hoje ele disse que iria me apresentar aos amigos dele, o que me deixou extremamente nervosa, mesmo sabendo que o jantar iria ser legal.

– Ei, relaxa ok? Eles são legais, prometo. – ele sussurrou assim que entramos na casa e avistamos seus amigos sentados no sofá assistindo televisão.
– Olha só quem resolveu aparecer. – um moreno magro e alto se levantou. – o Quimicrazy!
– Ben, por favor, hoje não. – John revirou os olhos e logo em seguida riu segurando minha mão e me puxando pra mais perto dele. – Essa é a Kim.
– Essa é a tão falada e imaginada Kim? – o loirinho e forte apareceu ao lado do que eu julgava ser o Ben. – tava começando a achar que você só existia na imaginação dele.
– Bom... Acho que eu existo mesmo. – falei tímida e me escondendo um pouco atrás do braço de John.
– Cara, ela é mais bonita do que você falou. – o outro moreno falou se levantando do sofá e sorrindo na minha direção. – será que tenho chance? – ele riu assim que John fez uma cara feia pra ele.
– Kim, esses patetas na sua frente são o Ben, o Charles e o August. – ele falou apontando para moreno, o loiro e para o outro moreno. – Gente, essa é a Kim.
– Como você conseguiu aguentar o Quimicrazy por esse tempo? – August perguntou rindo. – nós que somos amigos quase não aguentamos!
– Pois é, – Ben falou. – quase fizemos uma festa quando ele encontrou você!
– Fiquei sem ter o que falar, mas meu pensamento é igual. – Charles disse rindo e coçando a nuca.
– Ta legal, vão pedir o jantar que eu vou pra varanda. – John falou antes de mim e já saiu andando em direção à saída da casa, me puxando junto. Assim que chegamos, ele se apoiou no parapeito que dividia a varanda da área externa da casa, e depois ele puxou minha mão e me colocou entre suas pernas.
– Quimicrazy? – perguntei rindo e olhando seu rosto.
– Sabia que você iria perguntar. – ele riu junto. – eles são meus amigos desde o colegial, então, quando eu passei em química na universidade eles me deram esse apelido, falaram que eu era louco demais por escolher esse curso.
– Não vou nem dar minha opinião sobre isso. – eu ri fazendo com que ele risse junto.
– Não precisa. – ele continuou rindo. – sério mesmo.
– Sabe... – comecei a falar depois de ter surgido um silencio entre nós. – isso não é normal.
– O que? – ele me olhou confuso e passando as mãos pela minha cintura.
– Eu não devia pensar tanto assim em você. – disse olhando pra baixo. – isso logo vai acabar. Não quero me machucar tanto.
– Já disse a você que eu sou velho demais pra ter amor de verão. – ele tirou uma mão da minha cintura e colocou no meu queixo, levantando meu rosto e me fazendo olhá-lo.
– Nunca é tarde... – sorri fraco.
– Pra tudo se dá um jeito, afinal, San Diego só fica a 200 km daqui. – ele falou ignorando o que eu tinha dito antes e se aproximando mais de mim.
– Você tem razão, pra tudo se dá um jeito. – me aproximei dele e selei nossos lábios, e o que era pra ser apenas um selinho se transformou em um beijo lento que aos poucos foi ganhando velocidade. Aquilo já tinha virado algo comum, porém nunca passava disso. John me surpreendeu quando sua mão que estava em minha cintura foi descendo aos poucos e seus dedos seguraram o passador de cinto da minha calça, deixando meu corpo mais colado ainda ao dele, enquanto minhas mãos brincavam incansavelmente com seus cabelos, a mão de John que estava em meu queixo desceu até a barra da minha blusa e foi subindo discretamente por dentro da mesma até que chegasse à minha cintura e me apertasse forte, tirei uma de minhas mãos de seu cabelo e a espalmei em seu peito o afastando rapidamente assim que ouvi um barulho vindo da porta.
– Desculpa ter atrapalhado, mas... – Charles dizia desconcertado. – o jantar chegou e... – ele colocou a mão na nuca. – eu tenho que passar por aqui pra poder ir até a porta pegar.
– Tudo bem Charlie. – sorri apesar de estar muito ofegante para disfarçar.
– Desculpa mesmo. – ele falou e saiu praticamente correndo enquanto eu e John nos ajeitamos e entramos na sala. Os amigos de John eram as coisas mais fofas e atrapalhadas do mundo, principalmente Charlie, que era o dono da casa de Malibu. Esperei o melhor deles e de John, posso dizer com toda a certeza que não me arrependi. Depois que voltei pra casa, tudo o que eu conseguia pensar era no que tinha acontecido na varanda, aquilo era algo que eu não esperava, apesar de já estar com John quase um mês, mas não adianta se precipitar e nem se atrasar, segundo saturno tudo acontecerá no tempo certo.

http://bit.ly/1hHAVTl

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