Resenha: O Lado Bom da Vida

Olá narnianos, como vocês estão? Como foi o mês de vocês? 

Hoje eu trouxe uma resenha de um dos últimos livros que eu li, e um dos melhores também. Sem enrolação, vamos à resenha:

Nome: O Lado Bom da Vida
Autor: Matthew Quick
Páginas: 254
Editora: Intrínseca
Sinopse: Pat Peoples, um ex-professor na casa dos 30 anos, acaba de sair de uma instituição psiquiátrica. Convencido de que passou apenas alguns meses naquele "lugar ruim", Pat não se lembra do que o fez ir pra lá. O que sabe é que Nikki, sua esposa, quis que ficassem um "tempo separados".
Tentando recompor o quebra-cabeças de sua memória, agora repleta de lapsos, ele ainda precisa enfrentar uma realidade que não parece muito promissora. Com o pai se recusando a falar com ele, a esposa negando-se a aceitar revê-lo e os amigos evitando comentar o que aconteceu antes de sua internação, Pat, agora viciado em exercícios físicos, está determinado a reorganizar as coisas e reconquistar sua mulher, porque acredita em finais felizes e no lado bom da vida. 
Uma história comovente e encantadora, de um homem que não desiste da felicidade, do amor e de ter esperança.

No livro temos a visão de Pat Peoples, um homem de 30 e poucos anos, saindo de um centro psiquiátrico, que ele chama de "lugar ruim". Ele ficou alguns anos lá, mas não se lembra, para ele só se passaram alguns meses. Ele também não lembra do motivo de ter ido para lá, tudo o que sabe é que sua esposa, Nikki, pediu para que ficassem um "tempo separados". 

O livro é como se fosse o diário do Pat, o que eu achei muito legal, já que ele tem bipolaridade - isso não é citado no livro, mas é deixado bem claro pelo seu comportamento -, então podemos ver o que ele está pensando no momento, o que ele está sentindo e essas coisas. Pat fica viciado em exercícios físicos e super preocupado com o seu corpo, e em ser uma pessoa melhor. Tudo que ele faz, basicamente, é pensando em impressionar Nikki quando o "tempo separados" terminar.

Quando corro, sempre finjo que estou correndo em direção a Nikki, e isso me dá a impressão de que estou diminuindo o tempo que terei de esperar para vê-la novamente.

Ele ter um relacionamento difícil com o pai, só vendo-o em casa quando vão assistir ao jogo juntos. O futebol americano é um ponto muito importante em toda a trama do livro, embora não tenha nada muito difícil de entender. O humor de seu pai também depende do jogo: se os Eagles ganham, ele fica bem, se eles perdem, é briga em casa até o próximo jogo.

Pat faz amizade com seu terapeuta também, sempre indo aos jogos nos estádios com ele, que também torce para o mesmo time. Ele também sai bastante com seu irmão e com seu melhor amigo, uma amizade que existia desde antes de tudo isso começar, e através dele conhece Tiffany, que se torna uma grande amiga.

Tiffany também tem um problema psicológico, a depressão, e esta é citada na história. Eles sempre passam um bom tempo juntos, seja jantando cereal com passas vez ou outra, seja correndo juntos todas as manhãs, ou até mesmo saindo com Ronnie e Verônica (Ronnie é o melhor amigo de Pat e Verônica é sua mulher e irmã de Tiffany), e um acaba se tornando o ponto de apoio do outro.

O clímax da história ocorre com o concurso de dança: Tiffany lhe faz uma proposta de que, se eles ganharem o concurso, ela seria um meio para ele se comunicar com a esposa, trocando cartas entre eles. Pat acredita que esse é o auge do filme de sua vida, onde eles vencerão o concurso e o "tempo separados" finalmente terminará.

- Queremos que esses músculos brilhem como o sol no palco, certo?
- Por que não posso simplesmente usar uma camisa? - digo, embora, de um jeito estranho, eu secretamente goste de ser raspado por Tiffany.
- O sol por acaso usa camisa?
O sol também não usa calça de malha amarela, mas não comento isso.

Eu simplesmente amei esse livro. Esse livro entrou para a lista das minhas histórias favoritas, e com certeza é o melhor livro fora de saga. A escrita também é muito boa, fluindo bem fácil e fazendo você se envolver e querer devorar o livro de uma só vez. Com certeza lerei mais obras do autor.

Agora vamos aos nossos personagens... A inocência de Pat é uma coisa muito linda, e a determinação dele te faz querer que dê tudo certo pra ele, que o "lado bom" das coisas que ele sempre consegue enxergar chegue até ele sem ele ter que passar por tanta coisa. 

E Tiffany, bem, Tiffany é o oposto. Enquanto Pat segue com sua inocência, sempre aprendendo alguma coisa e tentando sempre evoluir, Tiffany entende tudo bem até demais, e é aquela pessoa que está sempre certa. Quer que você veja as coisas como ela está vendo e se irrita facilmente. Pat também é explosivo, mas ele tenta se controlar, tenta parar isso, enquanto Tiffany não vê motivo para ser alguém diferente do que é e, mesmo sendo assim tão distinta de Pat, ela também te cativa assim que começa a ter mais presença na história. E a evolução dela no decorrer da trama é algo impressionante.

O final é surpreendente. Não era nada do que eu queria que fosse mas, mesmo assim, eu gostei muito dele, e agora que o livro terminou não vejo final melhor do que esse. 

Eu tinha colocado muita expectativa nesse livro, e devo dizer que ele superou todas elas. É uma história que eu com toda a certeza vou ler muitas vezes, e que eu recomento para todos. 

Logo verei o filme, e espero a adaptação seja tão boa quanto o livro, em breve trago a resenha dele para vocês. ~xoxo

Inclino-me para trás, olho para a linha onde o céu encontra a água, permito que meus dedos dos pés também venham à tona e boio ao lado de Tiffany durante um longo tempo, sem que nenhum de nós diga uma palavra.